[café com cheirinho]

23 outubro 2006

Chuva de cartões …

Ontem não tive oportunidade de ver o jogo, Benfica 3 – 1 Estrela da Amadora, pelo que apenas vou falar com base no relato radiofónico da primeira parte e nas estatísticas divulgadas no final do mesmo.

Mais uma vez o Benfica entra muito bem no jogo, mas sabe-se lá por alma de quem sofre um golo de bola parada contra uma equipa que até então apenas tinha marcado um golo em 7 jornadas, e por intermédio do mesmo jogador – Dário – parece que só ele sabe como marcar golos no Estrela. Depois desse golo sofrido, o qual deve ser revisto, pois é inadmissível, sofrer golos desta forma e ainda para mais marcados por uma equipa com um futebol muito pobre como é o caso do Estrela, o Benfica voltou a acusar a ansiedade demonstrada em Glasgow, com os jogadores apáticos em campo, principalmente os do meio campo. Por tudo isso deste jogo apenas se salva o resultado e o regresso de Andrei Kariaka, que em apenas 20 minutos conseguiu dar um pontapé na monotonia.

Com o aparecimento da chuva, surge em Portugal o que eu chamo “arbitragem à portuguesa”, a qual consiste em admoestar tudo o que é falta, ou não, com cartão amarelo, e este jogo não foi excepção, até porte o País estava em alerta laranja. Os 18 cartões exibidos – 3 dos quais vermelhos, fazem transparecer uma realidade que não existiu nem de longe nem de perto. Parece que os jogadores andaram na “sarrafada” durante os 90 minutos o que não aconteceu de todo. Na minha opinião os árbitros portugueses deveriam ter algumas aulas de Física para poderem compreender que com estas condições de tempo e com o consequente estado do terreno de jogo, o contacto físico é maior e mais aparatoso, o que não quer dizer que os jogadores são mais violentos quando chove. Sobre este assunto fica aqui o desafio de fazer um estudo estatístico, para saber a quantidade de cartões exibidos por jornada, durante os meses com chuva versus durante os meses sem chuva.

Um dos jogadores que viu o vermelho e desta forma está impedido de jogar contra o Porto foi o Miccoli. Não vou aqui dizer se ele foi bem ou mal expulso, até porque penso que os jogadores devem ser profissionais e não devem reagir daquela forma, mesmo que tenham toda a razão do mundo. Sobre a ausência de Miccoli, na próxima jornada, apenas gostaria que o mesmo fosse substituído por outro ponta de lança. Se for para jogar com o Nuno Gomes sozinho lá na frente, mais vale nem o pôr a jogar.